Nosso mapa Corpo-Território mostra como os impactos e as resistências no campo socioambiental afetam os corpos de mulheres agricultoras e como elas os percebem. O mapa foi elaborado com agricultoras do Vale do Ribeira (SP) e da Zona da Mata (MG) que participam do projeto GENgiBRe. Esses territórios estão sujeitos à produção agrícola intensiva, ao uso de pesticidas e sementes transgênicas, à mineração e às regras restritivas de algumas Unidades de Conservação.
A metodologia do Corps-Territoire tem várias fontes de inspiração. A experiência das mulheres Xinca e Maya da Guatemala, que saíram em defesa do território-corpo e do território-terra e denunciaram sua apropriação e destruição pelas empresas de mineração, é uma delas. O trabalho do grupo Iconoclasistas, que cria gráficos com base em pesquisa participativa para desenvolver narrativas críticas que desafiam aquelas instaladas a partir de diferentes instâncias hegemônicas, é outra fonte de inspiração.